O doutrinador (2018)
O cinema de gênero no Brasil ainda não foi totalmente explorado com todo o seu potencial e o que começou com Tropa de Elite abrindo portas para filmes brasileiros de ação, que claramente influenciou O doutrinador, um filme de super-herói baseado em uma HQ de mesmo nome.
Antes de começar a crítica, preciso ressaltar algo para aqueles que insistem em falar que o cinema brasileiro é ruim: Apesar de esse filme ser importante para começar algo no nosso cinema, o filme tem problemas, então não o use como exemplo para justificar o seu pensamento vira-lata de que nenhum filme brasileiro presta. Entendeu ? Enfim, vamos lá.
Só com a premissa desse filme, qualquer brasileiro vai se interessar em assistir: Após uma tragédia familiar, um policial de elite se torna um vigilante que começar a caçar políticos corruptos.
Os principais problemas do filme são em relação ao roteiro e a edição. Existem vários furos e facilitações na narrativa, além de vários momentos que são deixados sem explicação e esquecidos, o que afeta, especialmente, os personagens que não tem consistência e deixa os atores sem ter muito o que fazer com os diálogos bem genéricos.
Enquanto que a edição é bagunçada em vários momentos e trás momentos muito melodramáticos que destoam muito do resto do tom do filme. Porém, as cenas de ação funcionam na maioria das vezes e são divertidas.
Acho que vale a pena dar uma olhada nesse filme tendo em vista o nosso maior problema em relação ao cinema brasileiro: Os próprios brasileiros que tem um desdém sobre a sua própria arte. E depois de ver esse filme, fiquei imaginando as infinitas possibilidades de histórias em diferentes gêneros que funcionariam tão bem no cinema brasileiro e enquanto ainda não vemos tanta diversidade, continue vendo filmes brasileiros.
Nota: 6,0
Classificação indicativa: 16 anos.
Elenco: Kiko Pissolato, Natália Lage, Eduardo Moscovis, Tainá Medina, Tuca Andrada, Marília Gabriela, Samuel de Assis, Carlos Betão.
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